#pracegover: lobo branco está na neve, em cima de um tronco. Crédito de imagem: COLOSSAL BIOSCIENCES, INSTITUTO ROSLIN E INSTAGRAM CLONEKITTEN

A empresa norte-americana de biotecnologia Colossal Biosciences divulgou no dia 7 de abril imagens de três filhotes que seriam lobos-terríveis, espécie extinta há mais de 10 mil anos. Segundo a companhia, os animais haviam sido “revividos” por meio de uma avançada técnica de edição genética.

Os dois primeiros nasceram em outubro de 2024 e foram batizados de Rômulo e Remo, referência aos irmãos associados à lenda da fundação de Roma, capital da Itália. Com seis meses, esses filhotes vivem em uma área fechada, cuja localização é mantida em segredo. A terceira filhote, Khaleesi, nasceu em janeiro e deve se juntar a eles em breve

Os lobos-terríveis habitaram as Américas por mais de 200 mil anos. Eram grandes: mediam cerca de 2,10 metros de comprimento e 1,06 metro de altura. Milhares de fósseis dessa espécie já foram encontrados.

Controvérsia 

A afirmação de que os lobos-terríveis foram revividos e, portanto, retirados da lista de animais extintos é contestada por cientistas de todo o mundo. “Não tem como, porque essa espécie não existe mais. Os filhotes são lobos atuais, de outra espécie, que foram geneticamente modificados. Eles não são lobos-terríveis”, afirma a professora Taissa Rodrigues, paleontóloga e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

COMO OS LOBINHOS FORAM CRIADOS?

  • Primeiro, foi feita a análise do material genético (DNA) retirado de dois fósseis: de um dente de 13 mil anos e um pedaço de crânio de 72 mil anos. Esse material ajudou a identificar as características físicas da espécie extinta.
  • Depois, os cientistas compararam esse material com o do lobo-cinzento, espécie que habita principalmente a Eurásia e América do Norte. Eles descobriram que as duas espécies tinham 99,5% de semelhança.
  • O passo seguinte foi editar, ou seja, alterar o DNA do lobo-cinzento em 20 pontos diferentes, mudando traços como tamanho, musculatura e cor dos pelos, para que os novos animais ficassem parecidos com o lobo-terrível.
  • O DNA modificado foi inserido em um óvulo, formando um embrião. Este, por sua vez, foi implantado em duas cadelas domésticas, que deram à luz os lobinhos.

CLONAGEM: QUAL É A DIFERENÇA? 

Em 1996, a ovelha Dolly se tornou o primeiro animal clonado com sucesso no mundo. Desde então, a clonagem evoluiu muito e, hoje, já é usada até para clonar bichos de estimação. Nessa técnica, o DNA de um animal é copiado para criar outro geneticamente idêntico. O material genético é retirado, por exemplo, da pele do animal original e inserido no óvulo de outro animal. Depois, o óvulo se transforma em um embrião e é implantado no útero de uma fêmea, que gera o clone.

#pracegover: ovelha Dolly está parada em cima de um campo. Ao lado dela, está uma pequena ovelha, a Bonnie, que é filhote de Dolly. Crédito de imagem: reprodução

Glossário

DNA: molécula que existe dentro das células de todos os seres vivos e determina como eles irão se desenvolver (características físicas, de comportamento etc.). 

Embrião: conjunto de células que marca o início do desenvolvimento de um ser vivo. É a partir dele que o corpo começa a se formar.

#pracegover: postagem de um perfil no Instagram mostra um pet clonado. O gato à direita é um clone do que está à esquerda. Os dois animais são brancos e peludos. Crédito de imagem: reprodução

FONTES: G1, CNN BRASIL, BBC BRASIL, SUPERINTERESSANTE E NATIONAL GEOGRAPHIC.

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Comentários (1)

  • RAFAEL NICOLINO

    6 dias atrás

    muito legal e interesante sobre revive o lobo terrivel e clonagem

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