lockdown covid china 185
No dia 6 de abril, em Pequim, na China, trabalhadores da área da saúde aplicam teste para detecção de covid-19. Por todo o país, há ações de testagem em massa para conter o aumento de casos. / #pracegover: vestidos com macacões, luvas, máscaras e protetor facial de plástico (o face shield), trabalhadores da saúde aplicam teste de covid-19 em pessoas na rua. Crédito de imagem: KEVIN FRAYER_GETTY IMAGES

Uma nova cepa (“tipo”) do novo coronavírus, surgida a partir da variante ômicron, foi descoberta na cidade de Suzhou, na China, informou o jornal Global Times, em 3 de abril. Segundo a publicação chinesa, a mutação é do subtipo BA.1.1 da ômicron e “não havia sido identificada em cepas anteriormente encontradas no mundo, representando novas ameaças à situação já perigosa na região”.

Suzhou faz fronteira com Xangai, capital econômica do país, que concentra a maioria dos novos casos por lá. Em 3 de abril, a China relatou mais de 13 mil casos de covid-19, número recorde desde o pico da primeira onda, dois anos atrás. Foram 1.455 pessoas com sintomas e 11.691 assintomáticas em 24 horas. Xangai concentrou 438 dos casos com sintomas e 7.788 dos assintomáticos. Porém não houve novas mortes por covid-19 em 3 de abril, segundo o Centro de Controle de Doenças do país. Os novos casos seguiram registrando aumento nos dias seguintes.

Lockdown
Para conter o vírus, quase todos os 26 milhões de habitantes de Xangai foram confinados a partir de 2 de abril. No dia 11, no entanto, houve uma flexibilização do lockdown: está permitido que o centro comercial da cidade funcione. Desde o anúncio do confinamento, os moradores reclamavam da dificuldade em obter alimentos e remédios. Agora, os bairros serão divididos em três categorias, conforme os riscos de contágio e restrições de cada um.

A China adota a estratégia “covid zero”, que levou o país a registrar poucos casos até março deste ano. Agora, as novas variantes se espalham pela nação, desafiando a política baseada em testes massivos, isolamento de pacientes e fechamento de fronteiras.

Opinião de especialista
Mellanie Fontes-Dutra, biomédica e coordenadora da Rede Análise Covid-19, afirma que a situação não inspira pânico, mas que é preciso manter medidas para evitar a circulação do vírus, impedindo que a doença se espalhe e variantes mais poderosas acabem surgindo.

“Ao mesmo tempo que temos que ter cautela ao ver notícias sobre novas variantes (…), temos também que estar atentos que [isso] é um reflexo — e um risco — da alta transmissão”, postou Mellanie nas redes sociais. “Não precisamos nos alarmar imediatamente. Precisamos estudá-la, entendê-la e monitorá-la”, disse sobre a nova variante encontrada.

Segundo a especialista, a descoberta da cepa não quer dizer que ela é mais poderosa do que as antigas versões do vírus. No entanto, “com o vírus se espalhando mais, ele tem mais oportunidades para fazer cópias de si, em diferentes hospedeiros, e, daqui a pouco, a chance de ele adquirir mutações que possam conferir alguma vantagem [ou seja, ser mais perigosas] pode ser maior”.

Mellanie enfatizou que ainda estamos em uma pandemia e que a situação exige cuidados, como campanhas massivas de vacinação.

FONTES: CNN BRASIL, GLOBAL TIMES, PÁGINA NO TWITTER DE MELLANIE FONTES-DUTRA E UOL

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 185 do jornal Joca.

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Comentários (1)

  • 1 ano atrás

    Eu achei super importante essa noticia, pois ela está avisando que está vindo uma nova variante e que é para a gente continuar a tomar cuidado Comentário da Gabriely Mori, aluna da Professora Ana Paula

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