Desde 4 de agosto, o governo da China está realizando o maior exercício militar de mobilização aérea de sua história próximo a Taiwan. Apesar de não ter ferido ninguém ou causado qualquer ataque verdadeiro, a atitude de voar com aviões de guerra na região e lançar mísseis no mar foi interpretada pela comunidade internacional como uma ameaça.

“Este exercício militar chinês (…) é um ato altamente provocativo”, disse um comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan, divulgado em 5 de agosto.

O fato aconteceu após Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, visitar Taiwan nos dias 2 e 3 de agosto. O governo chinês considerou a viagem uma afronta. “Os Estados Unidos estão violando a soberania da China sob o pretexto da democracia”, disse o ministro das Relações Exteriores da país, Wang Yi, em comunicado oficial.

Em 6 de agosto, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, em conjunto com o governo da Austrália e do Japão, divulgou um comunicado pedindo o fim dos exercícios militares. Na manhã do dia 8, no entanto, a China anunciou que seguiria com as atividades.

Por que existe uma tensão entre China e Taiwan?
Taiwan se considera um país independente, enquanto o governo chinês declara que, na verdade, o território faz parte da China. Essas duas visões diferentes colocam os governos em uma situação de tensão. Quando Nancy Pelosi, dos EUA, visitou Taiwan e fez reuniões com o governo local, a China entendeu a atitude como uma maneira de os norte-americanos apoiarem um lado na disputa. Acompanhe as próximas notícias sobre o tema no portal do Joca: jornaljoca.com.br.

Fontes: CNN, Folha de S.Paulo, O Globo, G1, UOL e Valor Econômico.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 191 do jornal Joca.

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