Na manhã de 9 de fevereiro, dois aviões da Força Aérea Brasileira pousaram na Base Aérea de Anápolis, Goiás, trazendo 34 pessoas (23 brasileiros adultos, sete crianças e quatro chineses casados com brasileiros) de Wuhan, na China, cidade onde o surto de coronavírus começou (saiba mais na edição 142 do Joca). Todos os que estavam a  bordo — incluindo tripulação e médicos — ficarão por 18 dias no local em quarentena (isolamento temporário até que fique comprovado que nenhum deles está infectado).

Durante esse período, cada pessoa passará por exames médicos três vezes ao dia. A quarentena será dividida em: branca, para aqueles que não parecem infectados; amarela, se alguém apresentar sintomas; e vermelha, se pessoas precisarem de atendimento médico — neste caso, elas serão transferidas para o Hospital das Forças Armadas, em  Brasília.

Até o fechamento desta edição, nenhuma das pessoas em quarentena apresentava sintomas do coronavírus.

Outras ações do governo
Durante coletiva de imprensa realizada em 30 de janeiro, em Brasília, representantes do Ministério da Saúde afirmaram estar preparando mil novos leitos em hospitais públicos, que devem ficar prontos até março, caso seja preciso atender infectados. O secretário executivo do ministério, João Gabbardo, disse que o número de leitos pode aumentar, se necessário.

Além disso, foi ativado um grupo de trabalho para que representantes de vários ministérios — como o da Defesa e o do Desenvolvimento — trabalhem juntos caso o vírus chegue ao Brasil.

Tire suas dúvidas
O Joca entrevistou Atila Iamarino, biólogo, doutor em microbiologia e divulgador científico, para responder dúvidas sobre o coronavírus.

Como é possível evitar a doença?
Devemos fazer o mesmo tipo de prevenção que se faz para a gripe: lavar bem as mãos com sabonete e água [com frequência]. Nas regiões afetadas, onde o coronavírus está circulando, também é bom usar máscara descartável respiratória para evitar o contato com ele.

É verdade que o clima quente do Brasil não favorece o coronavírus?
Tudo indica que esse vírus pode se beneficiar do frio para se espalhar. Mas alguns casos já surgiram em países  quentes. Ainda não sabemos se o coronavírus se espalharia a ponto de causar uma epidemia séria nesses lugares, mas algum contágio pode, sim, ocorrer no clima mais quente.

Qual é o risco de morte pelo coronavírus?
A quantidade de pessoas que morrem por causa do vírus é bem baixa em comparação com o número de infectados. Ou seja, a maioria consegue ficar bem após o tratamento. O problema é que ele faz com que muita gente seja internada ou precise de atendimento, o que aumenta a chance de contágio em hospitais.

Brasileiros Coronavirus
#pracegover: brasileiros descem de avião e são recebidos por profissionais com roupa especial amarela. Foto: Keven Cobalchini_Fotos Públicas.

Fontes: Estadão, Estado de Minas, Folha de S.Paulo e Ministério da Saúde.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 143 do jornal Joca.

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