Esta matéria foi originalmente publicada na edição 237 do jornal Joca
De acordo com dados divulgados em fevereiro pela Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, apenas 14% das escolas públicas de todo o país dispõem de um grêmio estudantil. O levantamento, que utilizou dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2023, mostra que, desde 2019, houve um aumento de 1,4% na presença dessa iniciativa em colégios brasileiros.
“Uma escola democrática e antirracista só é possível com grêmios escolares fortes, e foi por isso que resolvemos apoiar os estudantes e movimentos estudantis nessa busca de consolidação e criação de grêmios nas escolas”, afirma em nota oficial Andressa Pellanda, coordenadora-geral da campanha, sobre o projeto de mapeamento dos grêmios.
A análise revela que entre as regiões do país, o Sudeste é a que tem mais escolas com grêmios: 24% do total. Proporcionalmente, as unidades de ensino que atendem alunos com melhor nível socioeconômico têm mais grêmios do que as de menor nível, 64% contra menos de 20%.
O QUE É E PARA QUE SERVE O GRÊMIO ESTUDANTIL?
O grêmio é uma organização composta por estudantes para que os interesses de todos sejam representados na comunidade escolar. Uma chapa com diferentes membros (presidente, secretário, tesoureiro etc.) é eleita por votação dos próprios jovens. Assim, eles ganham um espaço democrático em que propõem sugestões e fazem reivindicações para melhorar a vida estudantil.
“O grêmio estudantil é eleito pelos alunos, ou seja, estamos lá para representá-los, já que vivenciamos as mesmas coisas no dia a dia escolar. Quando nos reunimos para discutir o que fazer para ajudar, descobrimos diferentes ideias, porque o grêmio é formado por vários integrantes e cada pessoa representa alguém ou algum grupo. Participar do grêmio, para mim, é um aprendizado de vida”, Ana S., 17 anos, Grêmio Paulo Freire, Instituto Federal de São Paulo, campus Suzano
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