Saiba mais sobre uma das pintoras brasileiras mais conhecidas do modernismo
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora e desenhista brasileira, sendo uma das principais precursoras da primeira fase do modernismo (movimento artístico e cultural) no país. Nascida em Capivari, no interior do estado de São Paulo, Tarsila estudou artes na Academia Julian, em Paris. Após a Semana de Arte Moderna, em 1922, a artista foi introduzida ao movimento modernista brasileiro, participando do grupo com Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
Tarsila declarava querer ser a “pintora do Brasil”. Em suas obras, ela buscava resgatar as cores vívidas da infância, valorizando aspectos nacionais em meio a influências artísticas que adquiriu nos anos de estudo em Paris. Na fase inicial da carreira, chamada de Pau-Brasil, a pintora trazia características interioranas do país em uma mistura de elementos do cubismo.
Muitas das criações de Tarsila, como Operários (1933) e Costureiras (1936), trazem à tona realidades socioeconômicas de trabalhadores em composições expressivas e únicas. Por essas e outras obras, Tarsila é considerada uma das maiores artistas brasileiras, responsável por impulsionar a criação de uma arte nacional exclusiva e inovadora.
Abaporu (1928)
Operários (1933)
Antropofagia (1929)
A Negra (1923)
O movimento antropofágico surgiu a partir da mistura de culturas. A ideia era assimilar influências vindas de outros países e, então, criar algo original, que ressaltasse valores da cultura brasileira. O nome Antropofágico, no contexto artístico, significa consumir o que vem de dentro, ou seja, a cultura nacional.
No Brasil, o modernismo buscava romper com o modo tradicional de se fazer arte. Assim, retratava aspectos industriais do país, o progresso mercadológico, avanços tecnológicos e, ao mesmo tempo, procurava expor cenários de desigualdade econômica. As formas, antes realistas, passaram a aparecer desconexas e com diferentes proporções.
CUBISMO (1907 A 1914): movimento artístico que explora as formas geométricas em paisagens e seres vivos e procura, entre outras características, retratar figuras tridimensionais em desenhos bidimensionais.
FONTES: TARSILA DO AMARAL, MUNDO EDUCAÇÃO, ACADEMIA BRASILEIRA DE ARTE, ESCRITÓRIO DE ARTE, CULTURA GENIAL, PINACOTECA DE SÃO PAULO E ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL.
Esta matéria foi originalmente publicada na edição 222 do jornal Joca.
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