De quadros em museus a esculturas, o Brasil tem diversas obras de seus artistas em outros países. Saiba mais sobre quatro das mais conhecidas

Guerra e Paz (Nova York, Estados Unidos)

#pracegover: foto da obra Guerra e Paz, do brasileiro Candido Portinari. O painel usa cores mais escuras e mais claras para transmitir sua mensagem. Imagem: divulgação.
  • Pintados por Candido Portinari entre 1952 e 1956, os painéis Guerra e Paz estão expostos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Cada um deles possui 14 metros de altura (três vezes o tamanho de uma girafa) e 10 metros de comprimento (o mesmo que um helicóptero comum).
  • Depois de um pedido do primeiro-secretário geral da ONU para que todos os países que faziam parte da organização doassem uma obra de arte para a sede da instituição em Nova York, Portinari foi o pintor selecionado para representar o Brasil.
  • O artista conseguiu fazer a obra de forma que as pessoas vejam a parte da guerra ao entrar na ONU, e, ao sair, deparem-se com o painel da paz, pela esperança de um mundo melhor.

 

Abaporu (Buenos Aires, Argentina)

#pracegover: imagem da obra Abaporu, da brasileira Tarsila do Amaral. Mostra uma pessoa, com pernas, braços e cabeça em formato desproporcionais. Ao fundo, um cacto e o Sol. Imagem: divulgação.
  • A obra, que completou 90 anos em 2018, está no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), na Argentina.
  • Este é o quadro mais conhecido de Tarsila do Amaral, uma das principais pintoras do modernismo no Brasil (saiba mais na página 8).
  • O Abaporu é resultado de imagens dos sonhos da artista e de algumas lembranças de sua infância.

 

Gandhi, Somos Todos Iguais (Mumbai, Índia)

#pracegover: foto da obra do brasileiro Eduardo Kobra, mostra o mural em um edifício. O mural traz a figura de Gandhi ao centro, em preto e branco, saindo de um vagão de trem muito colorido, nos tons amarelo, verde e vermelho. Imagem: divulgação.
  • Um dos principais artistas de murais do mundo, Eduardo Kobra inaugurou um painel em 2017 com a figura de Mahatma Gandhi (1869-1948), fundador do Estado Indiano em Mumbai. Gandhi foi o líder que inspirou protestos pacíficos entre os indianos pela independência do país.
  • A obra está na fachada da estação de trem Churchgate e tem mais de 30 metros de altura.

 

Cantos II B, da série Espaços Virtuais (Madri, Espanha)

#pracegover: foto da obra do brasilero Cildo Meireles. A escultura tem cor branca em sua área principal e a base tem tom de madeira. Imagem: divulgação.
  • A escultura de Cildo Meireles forma, literalmente, o canto de um cômodo. Três metros de altura (a mesma da parede de um quarto, por exemplo) e dois lados de um metro de comprimento cada unidos por piso e rodapés dão à obra tridimensionalidade, o famoso 3D.
  • O objeto geométrico, que era uma ideia e depois foi desenhado em papel, ganha vida ao se transformar em escultura. Assim, o espectador pode entrar na obra e fazer parte dela.
  • A série, formada por outros 43 projetos, foi produzida em 1967 e está espalhada por outros países e pelo Brasil. Ela marca a aproximação do artista do neoconcretismo. Segundo esse movimento artístico, a arte não é apenas o objeto, e sim o que o artista deseja transmitir com ele e a sua transformação a partir da interação com quem o observa.

 

Especialista consultada: Georgia Lobacheff, consultora de artes.
Fontes: Arte e Artistas, Correio Braziliense, Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, ONU Brasil, Caras e site oficial de Tarsila do Amaral.

Esta matéria foi originalmente publicada na edição 127 do jornal Joca.

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