Rio de Janeiro - Ato convocado pelas centrais sindicais reúne milhares de manisfestantes na Cinelância, região central da cidade, contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo. Tânia Rêgo/Agência Brasil
Trabalhadores de diversas profissões: China e Nigéria dão apenas cinco dias de férias por ano aos seus trabalhadores

por Martina Medina

Celebrações em datas diferentes

Para não dar mais força ao movimento socialista – que definiu a data de 1º de maio como dia do trabalhador em uma época de disputa com a Rússia -, os Estados Unidos decidiram fazer diferente e marcaram seu “Labor Day” para a primeira segunda-feira de setembro. A decisão foi seguida por outros países, como o Canadá, mas a grande maioria adota o 1º de maio.

A Nova Zelândia celebra o Dia do Trabalho na quarta segunda-feira de outubro. Na Austrália, o dia varia de acordo com a região. Em 2018, a capital e o sul do país comemoram a data em 1º de outubro. Já no Estado de Queensland, o dia do trabalhador está marcado para 7 de maio.

O primeiro Dia do Trabalho foi comemorado em 5 de setembro de 1882, em Nova York. Em 1919, a França proclamou feriado o dia 1º de maio daquele ano. Um ano depois, foi a vez da então União Soviética, atual Rússia, adotar o 1º de maio como feriado nacional, seguido pela maior parte dos países.

O Brasil foi um deles. Por aqui, o então presidente Arthur Bernardes marcou o 1º de maio como feriado nacional em 1925.

Até o Vaticano, sede mundial da Igreja Católica, abraçou a data. Em 1954, o Papa Pio XII declarou o 1º de maio o dia de São José Operário.

Festa ou protesto?

No Brasil, com o governo Getúlio Vargas, a data se aproximou da festa, com shows e eventos. Vargas usou o 1º de maio para “presentear” os trabalhadores com leis que atendiam às suas reivindicações.

Em 1º de maio de 1940, foi criado pelo antigo presidente o salário mínimo, garantia do mais baixo salário que pode ser pago a um trabalhador para atender suas necessidades básicas.

Já a CLT, lei trabalhista do Brasil, foi aprovada na mesma data, em 1943. A lei estabeleceu benefícios como jornada de trabalho de 8 horas, 13º salário, descanso semanal e férias recebendo salário.

Trabalhadores protestam em 1º de maio de 2017, no Rio de Janeiro, contra as reformas trabalhista e previdenciária. Tânia Rêgo/Agência Brasil

Porém, na última década, a data voltou a ter um caráter de conflito no Brasil e no mundo, segundo Marcus Orione Gonçalves Correia, professor de Direito da USP (Universidade de São Paulo). “Com a redução e flexibilização dos direitos trabalhistas, a data voltou a ser conflitiva. A tendência é que esse conflito se torne mais intenso nos próximos anos”, diz.

China e Nigéria têm só 5 dias de férias

As férias remuneradas são uma das conquistas que marcam o 1º de maio. Mas o tempo de descanso não é o mesmo em todos os países. Enquanto no Brasil este período é de 30 dias, China e Nigéria dão apenas cinco dias de férias por ano aos seus trabalhadores. No México são seis. No Japão, oito dias.

Como é a jornada de trabalho no resto do mundo?

O maior tempo de trabalho é no Quênia. A jornada no país africano é de até 52 horas por semana. Já os franceses têm o menor período: 35 horas semanais. No Brasil, são 44 horas.

O período mais comum em todo o mundo é de 40 horas. Esta carga horária é adotada por 101 países.

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Comentários (7)

  • Helena 4B

    2 anos atrás

    Muito interessante, principalmente a parte que fala sobre a quantidade de horas que as pessoas trabalham em outros países e também a quantidade de dias de férias.

  • LETICIA SOUSA

    2 anos atrás

    Amei o texto maravilhoso como sempre :-)

  • ALICE IARUSSI

    2 anos atrás

    Muito legal! :-D

  • CATARINA BARROS

    2 anos atrás

    Muito interessante e simples de entender adorei mesmo

  • Maria

    2 anos atrás

    Amei o texto, excelente Joca!

  • Paulo

    5 anos atrás

    Muito bom, simples e claro. Parabéns!

  • Jornal_Joca

    5 anos atrás

    Ficamos muito felizes que você curtiu, Paulo!

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